11 de agosto de 2013

Vinte e três e doze

O meu tempo nunca soube ser tempo, nunca soube esperar.
Ansiou pelo tempo que vinha sem saborear o tempo que tinha.

Desperdiçou-se, trôpego por si mesmo, correu sem jeito nem utilidade.

O meu mundo não sabe ser mundo sem ti.
Perde-se, desorienta-se, não sabe onde se agarrar.
Espera pelo tempo que não o sabe ser e que corre sem saber quando parar.

O meu mundo pára, perde-se no tempo que passa, mas passa mal.

O relógio toca.
O despertar pelo despertador em nada desperta o meu mundo.

Acordo novamente só.