10 de outubro de 2018

Vinte e uma e quarenta e oito

É como um calafrio.
A pele arrepia-se e falta-te o ar sem que saibas bem porquê.

E logo de seguida passa e sentes o coração um pouco mais quente.

É assim que sabes que é o destino.
Que pelo menos neste momento estiveste no sítio certo à hora certa.

Não sabes como nem porquê ou sequer o motivo pelo qual te sentes assim.

Provavelmente nem foi tudo perfeito.
Podes apontar o que podia ter sido melhor.

Mas o teu estômago cria borboletas e o teu corpo leva-te sem que o possas controlar.

Tu lembras-te. E reajes.
Tens as bochechas e os lábios quentes.
Estás leve, muito embora tenhas um turbilhão dentro de ti que te faz apertar uma perna contra a outra involuntariamente.

Tu não sabes.
Manténs uma luta interior que te tira o sono em busca de algo que te ajude a perceber porque mexe tanto contigo.

Mas sabes que tem de ser. E vais. Mesmo sem saber porquê.