12 de fevereiro de 2013

Dezassete e trinta e sete

Parece-me noite.

Não sou grande apreciadora de vinho, mas provavelmente não recusava um copo se mo oferecessem.
Talvez fizesse a espera parecer mais sofisticada. Ou mais desesperada.
Talvez dependa do valor do nome da garrafa. Cara para uma dama requintada, barata para uma bêbeda desamparada.

Não. Esta é uma tarde propícia a velas vermelhas e a lâmpadas desligadas.
Desligar a televisão, o telemóvel, ligar o rádio e fechar os olhos.

Continuo à espera, mas espero sóbria. Calma.

Afogo-me nos lençóis em busca do teu aroma há tanto tempo apagado.
Hás-de chegar.

Um dia.

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